Vampiro: A Maldição
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Revisão das Regras de Combate

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Revisão das Regras de Combate Empty Revisão das Regras de Combate

Mensagem  Paulo Zemek Ter Abr 12, 2011 10:33 am

Estes dias eu decidi revisar as regras de combate. Cheguei a postar aqui, mas apaguei o post, pois não gostei da revisão inicial.
De fato, quanto eu criei as regras de combate, eu quis evitar ações múltiplas pois sempre achei altamente abusivo que, se eu opto esquivar de uma ação, sem saber que meu atacante fará dois ataques, o segundo ataque me acerta em cheio. Afinal, em tempo real, eu estou tentando fugir do meu atacante, não importa quantos golpes ele use contra mim. Além disso, eu sempre conclui que dois ataques no mesmo turno contam como mais ferimento, logo, não há por que ter uma regra para tal. Quem é mais rápido acerta primeiro e, se for necessário, descreve-se a cena dizendo que o atacante deu vários golpes, mesmo que uma única rolagem seja feita.

Pois bem, isso funciona muito bem, quando a luta é um-a-um. Mas, quando se tem vários atacantes?
Hoje a esquiva já vale para todos os ataques ao mesmo tempo. É coerente, afinal, se quando todos decidem me atacar, eu dou um salto (ou saio correndo em alguma direção), tirando que esteja cercado, tal fuga vai se aplicar para todos. Talvez eu possa cometer um erro e fugir de vários, mas ir na direção de outro, mas acho que isso não deve ocorrer quando se tem um lado realmente aberto para fugir. Porém, isso ainda cria situações bizarras:
* E se o personagem estiver defendendo? Uma defesa para o atacante que está a frente também vale para o atacante que está atacando-o pelas costas?
* Se a defesa é apenas contra um, quer dizer que sempre que houver um combate dois a um o personagem deve fugir? Pois, tirando por personagens realmente muito mais poderosos, não fugir é garantia de fracasso (ou morte, no caso dos jogos).
* Fazer duas ações simultâneas requer utilizar metade dos dados... mas, se na hora que eu corro contra dois oponentes próximos, não seria possível dar um único golpe que acerta ambos?
* Quando eu corro na direção desses dois adversários que pretendo atacar com um só golpe, eu não estaria naturalmente evitando o golpe de quem está atrás de mim?

Pois bem, minha conclusão é: A defesa só deve funcionar contra um atacante por vez e a esquiva se mantém funcionando contra todos os atacantes ao mesmo tempo. Mas é possível atacar duas pessoas ao mesmo tempo, ou esquivar de uma e defender-se (para contra-atacar) ou atacar diretamente outra. Isto não é visto como diversas ações distintas, é uma ação com todos esses resultados.
Porém, como ainda é possível falhar na esquiva e acertar o golpe, mantém-se a utilização de diversas rolagens.
Como?
O número adicional de "ações" determina em quanto se reduz a facilidade. Obviamente, àqueles que possuem facilidade zero não poderão contar com uma ação extra, exceto se dividirem a quantidade de dados por dois, mas para aqueles com uma facilidade coerente (2, por exemplo), já é possível fazer duas ações simultâneas e ainda ter um número de sucessos maior que dividindo o número de dados. Isto é ainda mais notável com facilidades maiores.
Perante a descrição, pode-se dizer que o personagem corre, evitando um personagem, e dá um salto, acertando um golpe contra 2 de seus oponentes simultaneamente, que ao serem arremessados para trás ainda acertam outro que está atrás deles.
Ou seja, ao invés de dividir esse turno "em 4 ações", este será apenas um movimento, com 4 rolagens (uma esquiva e 3 ataques). Obviamente, um exemplo como esse ainda exige um personagem realmente poderoso, mas agora é algo possível, e também resolve o problema de personagens que desejam desviar de vários para atacar apenas um.

Uma nota importante: Ao esquivar de vários personagens, para aproximar-se de outro, considera-se que a esquiva não é válida para esse último. Ou seja, deve-se defender-se ou atacar esse último, sem o benefício da esquiva contra ele, ou senão a própria esquiva do personagem se aplicará como penalidade ao acertá-lo, pois o personagem estará tentando atacá-lo ao mesmo tempo que tenta fugir dele.
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Revisão das Regras de Combate Empty Armas de Fogo e Pontos Específicos

Mensagem  Paulo Zemek Ter Abr 12, 2011 10:56 am

Outro item que sempre me incomodou foram as armas de fogo. Um personagem realmente extremista (8 de agilidade, 8 de precisão, 8 de agilidade sobrenatural, 8 de precisão sobrenatural e 8 de armas de fogo) conseguirá facilmente 30 sucessos ao acertar com uma arma de fogo.
Porém, o que justifica tamanho ferimento? A potência da arma de fogo é fixa. Está certo que acertar em um ponto vital deve causar mais ferimento, mas nada justifica um simples disparo de 38 causar um ferimento tão grande que pode ser visto como passar uma pessoa por um moedor de carne industrial.

Soluções?
A mais simples, manter a regra atual e estabelecer um limite de sucessos. Talvez 5, talvez 10. Mais que isso é simplesmente ignorado pois a arma não possui chances de causar mais ferimentos, o acerto já foi em cheio, no ponto mais frágil do corpo. Devo dizer que ainda penso que talvez esta seja a melhor opção. O que não me agrada nesta alternativa é o bônus da arma. Com um único sucesso, todo o bonus da arma é utilizado. Eu cheguei a criar a regra de que se houvesse um sucesso de acerto e um de esquiva seria considerado um acerto "de raspão" mas, mesmo assim, todo o bônus ainda é utilizado, mas o ferimento é de um tipo menos grave. Isso resolve? Na minha opinião, não. Simplifica, mas não resolve.

A segunda solução é um pouco mais complexa. De fato, ao invés de um bonus fixo, uma arma de fogo teria um número de ferimento por sucesso de acerto. Ou seja, uma arma potente iria causar 3 de ferimento por sucesso, também até um limite. O problema desta forma tambem está em estabelecer o limite (até o momento estou preferindo 5), bem como no fato de que os ferimentos por arma de fogo deveriam ter valores bem baixos (talvez apenas 1, 2 ou 3). Números quebrados podem ser utilizados, mas definitivamente estes complicam os cálculos.
A verdadeira vantagem que vejo nesta abordagem é que, ao possuir apenas um sucesso, não se utilizará um bônus enorme (como 10, que pode ocorrer na regra atual au utilizar um rifle). Mesmo a arma sendo super-potente, ao acertar de raspão, não deve causar um estrago tão fenomenal. Com o limite de 5, ao ter 5 sucessos, se terá 15 de ferimento (numa arma que multiplica o ferimento por 3), que é o mesmo ferimento causado anteriormente com 5 sucessos ao utilizar um rifle. Porém, desta vez, a escala foi mantida.


E, finalmente, a questão de mirar em pontos específicos. Apesar de no livro colocar uma regra para mirar em pontos específicos, nunca consegui aplicá-la em jogo. Ela realmente complica o funcionamento do mesmo, além de que cria o problema: Por que um acerto com 8 sucessos não é um acerto no olho, mas causa um ferimento enorme, enquanto um acerto no olho com poucos sucessos causa um ferimento menor, mas é mais grave?
Concordo que em um soco isso é algo válido (um golpe muito mais forte pode ser muito mais destrutivo para o corpo como um todo e não corre o risco de deixar a vítima cega), mas para um acerto com armas de fogo isso não parece ser algo real.
Solução?
Creio que as rolagens extremas. Veja, se ao mirar no meio de uma pessoa, o atirador erra para cima, pode acertar sua cabeça. Agora, ao mirar para a cabeça, o que acontecerá se errar para cima? Mas, e se acertar exatamente onde planejou? Esta é uma situação onde á mais fácil obter um resultado extremo que um resultado normal. É mais fácil errar por completo ou acertar por completo, enquanto um personagem realmente excelente no que faz, que obtém 10 ou mais sucessos, não será afetado nem por uma falha na rolagem extrema, nem por um sucesso, sendo efetivamente "imune" a rolagem de sorte.
Portanto, decidi que o simples fato de mirar na cabeça é rolagem extrema 2, enquanto mirar nos olhos é rolagem extrema 3. Acertar nas pernas ou nos braços é rolagem extrema um. Ainda é mais fácil de errar do que mirar completamente no meio do corpo mas, neste caso, o mestre pode considerar que muitos sucessos representam menos ferimento, apenas imobilizando o alvo de alguma forma.
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